Cachoeira do Cristóvão, prazer da alma!

tão esperado verão chegou! E com ele, a ansiedade de ir em busca das opções refrescantes do litoral. Praias, ilhas, rios e principalmente as revigorantes cachoeiras e isso Ubatuba tem para “dar e vender”. Temos cachoeiras para todos os gostos: milagrosas, cinematográficas, com quedas que terminam no mar ou na praia, outras em forma de corredeiras e até mesmo poços. Em nosso município, o privilégio de número de cachoeiras são os sertões. Ubatumirim (sítio de pequenos ubás, em tupi guarani), região norte do município, é um deles. Lá, temos cachoeiras de todas as formas e dimensões das catalogadas; são aproximadamente oito, das quais eu visitei quatro: Poço do Cedro, Tombador, Laje e a desta edição: cachoeira do Cristóvão, que recebe este nome devido ao antigo proprietário das terras por onde suas águas passam. Da serra do Ingá surge a pequena mina d´água que vem tomando força a cada curva formando corredeiras e quedas a cada pedaço de terra por onde suas águas percorre e, de acordo com seus aspectos físicos, recebe um nome. Assim, surge a cachoeira do Cristóvão composição do braço que estende-se a todo sertão em busca do mar mas com sua beleza particular... Árvores centenárias de copas frondosas e troncos de raízes que podem ser consideradas gigantes cercam o lugar. Os poços que se formam ao longo da cachoeira parecem piscinas de todas as dimensões, onde, ao nos refletirmos, podemos constatar que neste mundo sempre há seres menores e outros bem maiores que nós, que a sabedoria está em tudo, no canto dos pássaros, no cheiro que exala da mata, no movimento dos ventos... Enfim, conviver com ela às vezes parece ser tão difícil e incompreensível. A mãe que tudo nos diz e nos dá. E nós, seres “adolescentes” rebeldes, parecemos ter nos afastado tanto de casa que muitas vezes nos parece impossível voltar e conviver com a terra. Nosso planeta água que sacia nossa sede, alimenta o corpo e purifica nossa alma parece ser parte de algo desconhecido. Comportamo-nos assim todas as vezes que o tocamos bem de perto: estranhamos a água gelada, as texturas sob nossos pés, às vezes lisas, arenosas, gosmentas, moles... Enfim, por que não fazer disso tudo um boa experiência, e deixar a intimidade instintiva acontecer. Às vezes, é necessário deixar os nossos medos de lado em lugar bem escondido e vivenciar; somente fazendo parte do lugar é que as água do Cristóvão vão poder lhe oferecer paz na alma e o frescor da natureza. 
Ao percorrer 3 km da pista sertão adentro, você estará na escola do bairro. Então, deve seguir à esquerda, onde encontrará um rústico bar logo após a ponte; atrás do bar, à direita, tem uma estrada, a qual você deve seguir até a plantação de milho, onde surge uma pequena trilha, ao lado direito, que leva até as águas da cachoeira do Cristóvão.