Cachoeira dos Macacos, lembranças de um passado!


A Cachoeira dos Macacos, em tempos passados, já teve merecimento do seu nome. Quando a mata era intocada pelas mãos humanas, nos arredores do leito da cachoeira, era povoada por muitas espécies deste mamífero, assim sendo, denominada pelo nome pelo qual é conhecida até os dias de hoje.
Mas a extinção destes animais na localidade não faz com que ele perdesse o seu encanto. Ao contratarmos um guia cadastrado na UTDU (Unidade Tecnológica de Desenvolvimento em Ubatuba), ou seja, erroneamente conhecida pela população como Horto Florestal, iremos penetrar em um mundo surpreendente... 
O trajeto inicia-se dentro da própria estação experimental, localizada na rodovia Oswaldo Cruz, 5.061, que por si só traz uma série de informações enrique-cedoras aos nossos conhecimentos gerais, como clima, pluviosidade, fauna e flora. O percurso que leva aproximadamente uma hora até o poço da cachoeira inicia-se com um trajeto limpo, sendo possível fazê-lo até a metade do caminho de carro (a pé, leva em média uns 30m em caminhada bem tranqüila). Depois, segue-se por entre a mata cerrada e já podemos ouvir o barulho das águas que formam as pequenas corredeiras. Árvores como o imbiriça são bem comuns pelo caminho, assim como guapuruvus e tantas outras madeiras de lei. Uma curiosidade é a folha de patiová, que parece sempre estar nos dando tchau; o que poucos sabem é que esta pequena folhagem quando cresce fragmenta-se, transformando-se na palmeira conhecida como Pati. Frutas também não hão de faltar pelo caminho. É o caso, nesta época, do coco brejaúva. O conhecimento da Mata Atlântica neste momento é muito importante, por isso a necessidade do guia: é ele que nos ensina a ouvir, observar, cheirar e, principalmente, a sentir o que nossa mãe natureza tem para nos dizer. Assim, cada passo é um novo aprendizado e só assim somos capazes de realmente fazer parte dela integralmente de corpo, alma e mente. Mais uns minutos e estaremos passando por um leito praticamente seco e esta é uma beleza à parte: é como se pudéssemos mergulhar em uma cachoeira e observar toda sua vida, porém sem água. Sempre caminhando pelos arredores da Cachoeira dos Macacos chegamos a um poço seguro de 2,5m de profundidade, um verdadeiro playground natural. Em uma das árvores está amarrada uma corda, na qual os visitantes brincam de “tarzan”, dependurando-se como se fossem cipós e jogando-se dentro do ribeirão. O lugar também é ideal para reflexão. Sem dúvida, vale a pena conhecer. Este ponto é extremamente seguro e límpido, pois, infelizmente, a localidade da cachoeira próxima da pista, onde formou-se um bairro, está comprometida para banhos, sendo assim, não recomendada. Mas as águas que vêm da serra são saudáveis e purificantes até mesmo para a alma, assim posso afirmar que vale a pena caminhar um pouco mais e conhecer o paraíso que os macacos não habitam mais. 
Para contratar um guia especializado é só agendar através do telefone: (012)3832-1291/1643, com Marcelo.